rickenfaker
A LENDA DAS GUITARRAS DE 12 E DE 06 CORDAS EM BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS
A história da guitarra de 12 cordas com Belo Horizonte vem de um cenário de paixão pelos Beatles. É importante destacar que esse é o item mais desejado e cobiçado por guitarristas em todo o mundo! Vista por muitos como um instrumento dos anos 1960, década em que obteve maior popularidade, a guitarra de 12 ainda é uma caixa de surpresas no mundo musical. Nas mãos corretas, provou que as técnicas empregadas na similar de 6 cordas diferem bastante, apesar de compartilharem a mesma afinação.
A capital mineira iniciou na década de 1960 o processo de tributo aos quatro garotos de Liverpool, que perdura até os dias de hoje. Com a profissionalização das bandas covers, surgiu a necessidade desse instrumento para reprodução fiel do repertório do grupo britânico. Marcos Gauguin, guitarrista da Sgt. Pepper's Band, foi o idealizador do projeto Rickenfaker 12 strings, e por consequência de sua habilidade com o instrumento, conseguiu alguns seguidores como Gustavo Parreiras e Guilherme Dardanhan.
Por que fazer uma guitarra baseada no conceito da Rickenbacker?
1 - Escassez
Quem conhece esta marca sabe como é raro encontrar qualquer instrumento no mercado nacional. Quando se vê uma Rickenbacker, sabe-se exatamente que ela é tão incomum quanto o som que produz.
2 - Preço
O valor para importação de qualquer item da linha é muito alto em comparação às marcas concorrentes comercializadas em lojas. Outra opção é buscar o instrumento em terras estrangeiras ou pagar uma fortuna no mercado de usados.
A solução para esse dilema foi o surgimento de luthier's especializados na construção de projetos complexos, agregados ao valor de investimento e a chave de todo o processo intrínseco na lutheria, a personalização. Livre escolha de peças, madeiras, acabamento, cor e formato foram também determinantes na construção dessa linha de instrumentos.
Seguindo os passos dos mestres desse instrumento, como Sérgio Dias, Lulu Santos, Marcos Gauguin, George Harrison, Johnny Marr, Peter Buck, Roberto Frejat, Herbert Vianna e outros simpatizantes como Marcus Rampazzo e Samuel Rosa. Guilherme Dardanhan escolheu a guitarra de 12 cordas como referência em seu trabalho.
RICKENFAKER 192/12
O projeto Rickenfaker 12 cordas foi iniciado pelo multi-instrumentista Marcos Gauguin, guitarrista da banda cover de Beatles, Sgt. Pepper's Band, no início da década de 1990. A primeira guitarra foi construída pelo luthier Otton (Sollus), seguindo o conceito da Rickenbacker 320, porém, teve uma pintura azul peculiar para o padrão utilizada pela marca americana. A escala foi baseada no modelo Les Paul, e os captadores são humbucker epiphone, a placa do headstock continha o nome Rickenfaker Model 192/12 Made in BHZ, e seu significado era: modelo 1, ano de construção 1992, 12cordas.
Segundo proprietário, Gustavo Parreiras realizou modificações no projeto com nova pintura fireglo, braço com tensor de ação dupla, escala com binding, tarraxas blindadas, tailpiece e ponte. A placa do headstock segue original Rickenbacker e atualmente pertence a Filipe Glauss.
RICKENFAKER 297/12
A segunda guitarra foi construida pelo luthier Ademir, também na década de 1990. Nesse projeto, o conceito continuou com o modelo Rickenbacker 320. Dessa vez, o tamanho do corpo foi ampliado e ganhou a primeira pintura em sunburst. A escala também continuou baseada no modelo Les Paul e com captadores humbucker epiphone, a placa do headstock tem o nome Rickenfaker Model 297/12 Made in BHZ, e seu significado é: modelo 2, ano de construção 1997, 12 cordas.
Atualmente, está sem pintura, em madeira natural e continua pertencendo a Marcos Gauguin.
RICKENFAKER 316/12v64
A segunda guitarra construída pelo luthier Sânzio Brandão - KIAN, teve início em 2015 com contrato assinado e prometido para entrega em 6 meses, porém, foi entregue em 1 ano, 4 meses e 10 dias (mais 2 meses e poderiam ser construídos 3 instrumentos). Após inúmeros questionamentos e quase desistência da guitarra, publiquei aqui no meu site todos os fatos com registros fotográficos que trazem credibilidade a esse relato extenso de descaso com o consumidor.
*Não recomendo nenhum serviço ou instrumento dessa marca pois não desejo que outra pessoa passe pelo mesmo desgosto de ser enrolado e no final, ainda ser responsabilizado por causar danos na imagem do luthier.
Por mais fantástico que possa soar, é o opressor se fazendo de oprimido.
Como descrito abaixo, eu, meu pai e o luthier Ademir, tivemos que terminar o serviço para que o instrumento ficasse literalmente pronto.
Baseada no modelo Rickenbacker 360v64/12 entregue à George Harrison, porém, com modificações humbucker/single nos captadores. A escala foi baseada no modelo Les Paul, equipada com captadores Malagoli Golden Age, e a placa do headstock tem o nome Rickenfaker Model 316/12 Made in BHZ, e seu significado é: modelo 3, ano de construção 2016, 12 cordas.
Cordialmente sugerido pelo amigo Marcos Gauguin para continuidade do seu conceito.
Em março de 2018, Guilherme Dardanhan e seu pai, Juarez Dardanhan, desenvolveram a tailpiece para substituir a peça "simplória" (cordal) entregue pelo luthier.
Em 2019 o pickguard (escudo de acrílico branco), foi refeito por não seguir o design original Rickenbacker (outro equivoco da Kian), mas graças ao trabalho profissional do luthier Ademir Coelho, o instrumento chegou no resultado original do projeto.
RICKENFAKER 417
O retorno de ter um instrumento handmade foi tão positivo que a segunda Rickenfaker foi encomendada para o construtor da segunda Rickenfaker, o luthier Ademir Souza, em 2017. Com a ajuda de Marcos Gauguin, que se tornou o grande colaborador para este projeto, baseado em seu modelo Rickenfaker 297/12.
Com apenas 6 cordas, esta nova guitarra conta com a tailpiece Rickenfaker em formato R, captadores Malagoli humbucker, chave de três posições, knobs de volume e graves/agudos. A escala foi baseada no modelo Les Paul, e a placa do headstock tem o nome Rickenfaker Model 417 Made in BHZ, e seu significado é: modelo 4, ano de construção 2017.
cordialmente sugerido pelo amigo Marcos Gauguin para continuidade do seu conceito.